Passados 15 anos desde o último levantamento, o Conselho Federal de Contabilidade acaba de lançar a pesquisa ‘Perfil do Contabilista Brasileiro’, realizada entre 1º de dezembro de 2008 e 30 de março de 2009. De abrangência nacional, o estudo revela uma série de aspectos relevantes da classe contábil brasileira, que inclui a situação sócio-econômico, profissional, cultural e político-classista. Foram ouvidos 19.918 profissionais de Contabilidade, entre contadores e técnicos.

Entre os dados mais relevantes, ficou registrado que a maior parte do grupo ainda é formada por pessoas do sexo masculino, com 74,6%, enquanto que 25,4% são mulheres, apesar da participação feminina ter crescimento significativamente nos últimos anos. Em nenhum estado, a quantidade de contabilistas mulheres supera a de homens. Apenas em dois estados existe uma aproximação, Amazonas com 53,6% de homens e 46,4% de mulheres e Pará, com 55,9% de homens e 44,1% de mulheres. A menor participação de contabilistas do sexo feminino foi registrada em Santa Catarina, com 88,7% de homens e 11,3% de mulheres.

O estudo também levantou a faixa etária dos profissionais e mostra que a maioria dos contabilistas brasileiros, representado por 44,1%, possui de 31 a 49 anos de idade. O restante está distribuído em 32,0% na faixa de 50 a 59 anos e 19,2%, acima de 59 anos. A exceção fica por conta dos estados de Alagoas, Amapá, Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina, onde a maioria possui entre 50 e 59 anos. Outro dado interessante é que mais de dois terços dos contabilistas, 70,5%, exercem a profissão há mais de 15 anos e apenas no Amazonas, Rondônia e Roraima existe leve predominância de profissionais com tempo de experiência entre 5 e 10 anos.

Quanto à escolaridade, 60,9% dos contabilistas têm formação superior e 38,8% o curso técnico. Dos que têm formação superior, 18,1% são pós-graduados, 1,6% são mestres e 0,2% doutores. No quesito rendimento mensal, a maioria dos contabilistas brasileiros, 27,6%, ganha entre R$ 2,1 mil e R$ 4,2 mil. Outra parte bastante significativa, 24,3%, ganha entre R$ 4,2 mil e R$ 8,4 mil.

A primeira pesquisa para definir o perfil do profissional contabilista foi realizada entre os anos de 1995 e 1996, quando ficou constatado que pouco mais de 300 mil eram profissionais registrados. Atualmente, o número passa dos 407 mil.

Entre as maiores variações dos últimos anos está os recebimentos salariais. Na época, as faixas de renda eram lideradas por 15,70% dos profissionais com salários que variavam de R$ 1,4 mil a 2,1 mil, seguido por 14,54% com recebimentos acima de R$ 4 mil e 13,83% com ganhos entre R$ 1 mil e R$ 1,4 mil.